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Casal homoafetivo adota três irmãos e emociona: “Sabíamos que eram nossos filhos”

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Carlos Henrique Ruiz e Lucas Rabello Monteiro vivem uma história de amor que ultrapassa o afeto entre dois companheiros: juntos há 16 anos, o casal de professores de São Paulo construiu uma família com três irmãos adotivos, e emocionou ao relatar o momento em que souberam que o destino havia cruzado seus caminhos.

O desejo de ser pai sempre esteve presente na vida dos dois. Para eles, a adoção nunca foi uma alternativa, mas sim o plano principal. A jornada se tornou possível em 2015, quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de casais homoafetivos à adoção no Brasil. Com o caminho legal aberto, o casal deu início ao processo de habilitação em janeiro de 2019, finalizado em novembro do mesmo ano.

A ideia inicial era adotar duas crianças pequenas, mas tudo mudou com uma simples mensagem de WhatsApp. Sem fotos, sem rostos, apenas as iniciais, idades e o estado de origem de três irmãos do Rio de Janeiro. “Sentimos que eram nossos filhos”, relembra Carlos em entrevista ao Catraca Livre.

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Na época, Kawã tinha 12 anos, Edgar, 9, e Ketlin, 5. Eles estavam em uma casa de acolhimento desde 2015 e tinham acabado de passar por uma tentativa de adoção que não deu certo. O próximo passo seria a adoção internacional, até que Carlos e Lucas cruzaram seus caminhos.

O primeiro encontro presencial foi marcado em meio à pandemia e a conexão entre eles foi imediata. Depois de um mês de visitas nos finais de semana, em 18 de julho de 2020, os irmãos passaram 15 dias na casa de Carlos e Lucas e nunca mais voltaram ao abrigo. A guarda provisória foi concedida e a nova família começou a construir sua história.

Como muitos pais de primeira viagem, o casal precisou se adaptar. Mas havia um agravante: as aulas estavam sendo realizadas de forma remota por conta da pandemia, e as crianças ainda não eram alfabetizadas. Além de pais, se tornaram professores.

“Nosso maior desafio no começo foi estabelecer a rotina. Estávamos criando laços afetivos, cuidando da educação escolar, ensinando sobre pertencimento, letramento racial, tudo isso no meio de uma pandemia. Todos estávamos aprendendo a ser pais e filhos. Um dos maiores desafios foi estabelecer a noção de pertencimento. Aquela era a nossa família. E nossos filhos precisavam se sentir parte dela”, conta Lucas.

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O casal sempre tratou com naturalidade a história pré-adotiva dos filhos, respeitando suas memórias e oferecendo apoio psicológico. Com o tempo, as dores do passado foram se transformando. “Hoje, nossos filhos conseguem olhar para trás sem o peso de antes”, diz Carlos.

Desde 2022, o casal passou a compartilhar a história da família nas redes sociais e foi ali que perceberam a importância de naturalizar e representar famílias homoafetivas e formadas por adoção. “Falamos sobre preconceitos, adoção interracial, dupla paternidade… Queremos mostrar que o amor é o que sustenta uma família. Temos uma rede de afeto enorme. Estar em contato com outras famílias por adoção faz toda a diferença”, afirma Carlos.

E para quem sonha viver uma história como a deles, ele deixa um conselho: “Siga seu coração. A adoção precisa de uma base bem estruturada, mas não se cobre tanto. Cuide de você, cuide do seu relacionamento. E não tenha pressa”.

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