Cassey Ashby acreditava que sua família estava completa. Mãe de três filhos biológicos, hoje com 15, 16 e 18 anos, e responsável pela guarda do sobrinho desde que ele tinha duas semanas de vida, ela e o marido, juntos há 20 anos, sentiam que tinham encontrado equilíbrio entre vida profissional e familiar. Mas em 2021, a chegada inesperada de dois novos membros mudou completamente a dinâmica da casa.
A notícia veio em forma de um telefonema: a irmã de Cassey, mãe do sobrinho que já haviam acolhido há nove anos, deu à luz gêmeos. “Estávamos naquele momento em que nosso sobrinho já conseguia fazer suas próprias refeições e era mais independente. Eu estava focada no trabalho, na família… e então os gêmeos chegaram”, contou Cassey à People. Apesar de inicialmente não planejarem acolher as crianças, o casal decidiu assumir a guarda ao serem procurados: “Acho que meu coração se abriu quando fui perguntada, e eu soube que era o que eu deveria fazer”.
Benjamin e Braxton nasceram sem acompanhamento pré-natal e foram inicialmente acolhidos pelo estado. Com três adolescentes em casa e um menino de nove anos, Cassey sabia dos desafios. “Gêmeos são extremamente difíceis. Dois banhos, duas mamadeiras, acordando a cada duas horas… Foi uma grande mudança sair dos meus filhos grandes para dois bebês de uma vez”, disse.
++ Pouco antes de morrer, jovem internado em estado grave escreve mensagem comovente: “Jesus é real”
A adaptação também envolveu questões médicas. Benjamin foi diagnosticado com paralisia cerebral e microcefalia aos seis meses, após Cassey perceber atrasos no desenvolvimento em comparação ao irmão. “Ele mantinha as mãos fechadas, não conseguia pegar brinquedos, enquanto o irmão já engatinhava”, relatou. O diagnóstico veio acompanhado de uma rotina intensa de cuidados: até oito compromissos médicos por semana.
Braxton, por sua vez, foi diagnosticado com autismo. “Nossa sala, antes cheia de coisas de adolescentes, virou espaço de equipamentos médicos”, disse. Cassey reconhece o apoio do marido como essencial: “Ele sempre me apoiou. É muito amoroso e estamos na mesma sintonia”.
Mesmo sem uma rede de apoio presencial, a família se fortaleceu: “Não temos muitos familiares por perto, por questões de dependência química e outras situações. Mas os gêmeos logo se tornaram parte da nossa família”.
Hoje com 2 anos e meio, Benjamin e Braxton são oficialmente filhos do casal. Apesar das diferenças no desenvolvimento, ambos são fonte de alegria. “Ver o Benjamin feliz faz tudo valer a pena. Ele trouxe tanta felicidade para a nossa vida. E o Braxton corre por todo lado, é muito ativo”, contou.
++ Criança de 9 anos sobrevive após flecha atravessar o crânio: “É um milagre”
Em busca de acolhimento e conexão com outras famílias, Cassey começou a compartilhar a rotina no TikTok. “Eu nunca imaginei quantas famílias também cuidam de parentes com necessidades especiais. Meu objetivo é fazer com que ninguém se sinta sozinho”, afirmou. A exposição nas redes também ajudou a arrecadar fundos para as terapias intensivas de Benjamin: “Na primeira intensiva, ele teve mais progresso do que em dois anos. Isso me fez perceber o quanto ele é capaz, se tiver as oportunidades certas”.
O impacto dessa jornada fez Cassey decidir voltar a estudar para se tornar assistente de fisioterapia. “Quero garantir que eles tenham todas as oportunidades possíveis. Com o Benjamin, vamos estar sempre defendendo os direitos dele. E, no fim das contas, o mais importante é que eles sejam felizes. Esse é o maior objetivo”, finalizou.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.