A britânica Rachel Pashley, de Brighton, perdeu cerca de 108 kg após enfrentar um período marcado por compulsão alimentar. O gatilho foi o diagnóstico de câncer do filho mais novo, Jenson, que aos dois anos foi diagnosticado com neuroblastoma em estágio 4, um tipo raro de câncer infantil que afeta o sistema nervoso.
Na época, Rachel chegou a pesar 196 kg e vestia manequim 32. “Foram 18 meses de tratamento. A gente vivia dentro do hospital, e eu comia para me confortar”, relatou. Ela afirma que passava a semana com comida pronta e fast food, pois não tinha tempo nem disposição para cozinhar. “Comia uma barra de chocolate tamanho família todas as noites, depois do hospital”, disse.
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Entre os alimentos consumidos diariamente estavam cafés da manhã completos, sanduíches prontos, doces, salgadinhos e refeições congeladas. “A gente pedia delivery seis dias por semana. Tinha muito kebab e pizza. O entregador já nos conhecia”, revelou.
Foi em 2021 que Rachel decidiu que precisava mudar. Ela investiu cerca de 12.500 libras em uma cirurgia de bypass gástrico, que reduz o estômago e redireciona o intestino. Desde então, passou a vestir manequim com dois números a menos do que era sua meta inicial e adotou uma rotina de alimentação equilibrada e treinos quatro vezes por semana.
A transformação não foi apenas física. Rachel conta que, antes da mudança, chegou a sair chorando de casa em busca de comida para compensar o estresse. Em uma dessas ocasiões, reencontrou uma ex-colega de trabalho que havia feito a cirurgia bariátrica. “Ela disse que tinha sido a melhor decisão da vida dela. Aquilo me marcou. Cheguei em casa e agendei uma consulta”, contou.
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Apesar do progresso, ela também enfrentou críticas e comentários gordofóbicos: “Uma vez me disseram para comer mais um salgado. Nas redes, diziam que eu mal conseguia respirar nas roupas. Foi horrível”. Hoje, as reações são diferentes: “Encontrei uma amiga no mercado, cumprimentei e ela nem me reconheceu. Depois mandou mensagem, surpresa”.
Para Rachel, o maior ganho está na qualidade de vida com os filhos, Jenson e Ethan, de 12 e 13 anos. “Eles adoram montanhas-russas. Antigamente, eu não conseguia acompanhá-los. Não subia escadas, vivia cansada. Levava os dois para a escola e voltava para dormir. Agora, fazemos tudo: pedalamos, vamos a parques, viajamos. Fomos à Disney de Paris e eu pude entrar em todos os brinquedos. Foi maravilhoso”, declarou.
“Antes, eu apenas existia. Hoje, eu vivo. Posso ser uma mãe presente, sair com meus filhos, me sentir bem com quem eu sou. Essa é a verdadeira conquista”, finalizou.
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