O que deveria ser mais uma tarde comum na rotina de Filira Azevedo, de 28 anos, se transformou em desespero. Ao chegar para buscar o filho Pedro, de 2 anos, na creche municipal NDI Clube do Cebolinha, em Porto Belo (SC), a professora foi informada de que a criança já havia sido entregue a uma “babá”. O detalhe: o menino não tem babá.
O episódio ocorreu na última sexta-feira (12), por volta das 17h05. “O porteiro disse que ele já tinha ido com a babá. Daí eu falei que o Pedro não tinha babá. Eu achei até que ele estava brincando comigo, dei risada. Mas ele disse que não era brincadeira, que ele foi com a babá mesmo. Eu já entrei correndo para falar com a diretora”, contou Filira, em entrevista à Crescer.
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Enquanto aguardava notícias, a mãe relatou ter ficado paralisada. “Fiquei em choque, paralisada. Eu não conseguia fazer nada, só não via a hora do Pedro chegar. Estavam passando mil coisas pela cabeça”, disse.
A diretora da unidade explicou que a responsável por buscar o menino era, na verdade, uma cuidadora contratada por outra família, que acabou levando o Pedro errado por engano. “Ela pediu por ‘Pedro do Maternal 2’, mas recebeu ‘Pedro do Berçário 2’. Na hora, achou estranho, mas mesmo assim saiu com ele”, relatou a mãe.
Cerca de 20 minutos depois, a criança retornou à creche, trazida pela mulher e acompanhada de um homem. “Na hora em que o vi, fiquei muito aliviada. Eu pensei em muita coisa ruim, perdi completamente o meu chão. Quando cheguei em casa, tirei a roupa dele para conferir se estava tudo bem mesmo, porque tem tanta coisa ruim acontecendo hoje”, disse Filira.
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A professora afirma que apenas ela, o marido e os avós estão autorizados a retirar Pedro da escola. “A professora poderia, no mínimo, ter me ligado”, criticou.
Chocada, Filira gravou um vídeo relatando o caso, que viralizou nas redes sociais. “Não foi uma mochila que foi entregue por engano, foi a vida do meu filho. Foi um tempo que ele ficou longe da creche, não sei onde, na casa não sei de quem. Então, olhem a gravidade da situação”, declarou.
Após o ocorrido, a mãe decidiu transferir o filho para uma instituição particular. “Meu filho não voltou para aquela creche. Eu o matriculei numa outra creche particular aqui do município”, contou.
A família registrou boletim de ocorrência e estuda medidas judiciais. “Meu marido é advogado. Na sexta-feira mesmo, assim que soube, foi na delegacia. Fizemos um boletim de ocorrência e pretendemos entrar com um processo judicial”, afirmou.
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