A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima que o Brasil terá um déficit fiscal de R$ 30,2 bilhões em 2025, valor superior à previsão anterior, que era de R$ 26,3 bilhões. Apesar do aumento, a nova projeção ainda se mantém dentro do limite estabelecido pela meta fiscal para o próximo ano.
As informações constam no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) referente ao quarto bimestre, divulgado nesta segunda-feira (22/9). O documento, publicado a cada dois meses, serve para monitorar o comportamento das receitas e despesas primárias do governo federal.
Esse relatório é essencial para que o governo decida, periodicamente, se deve liberar recursos ou adotar medidas de contenção de gastos, com o objetivo de alcançar a meta fiscal estipulada. Para 2025, o objetivo é manter o déficit dentro de uma margem de tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano de 2024, a meta é zerar o déficit, ou seja, equilibrar as receitas e despesas públicas.
Déficit fiscal ocorre quando os gastos do governo superam suas receitas. Já o superávit acontece quando a arrecadação é maior do que as despesas.
Segundo o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, a expectativa é que, a partir de 2026, o país volte a registrar superávits nas contas públicas. As metas projetadas são as seguintes:
– Em 2026, superávit de 0,25% do PIB, equivalente a R$ 33,1 bilhões;
– Em 2027, superávit de 0,50% do PIB, ou R$ 70,7 bilhões;
– Em 2028, superávit de 1% do PIB, totalizando R$ 150,7 bilhões.
Essas projeções indicam uma trajetória de recuperação fiscal gradual, com o governo buscando equilíbrio nas contas públicas nos próximos anos.
