Roger Abdelmassih, um dos criminosos mais conhecidos do Brasil, teve sua trajetória marcada por crimes sexuais cometidos contra pacientes em sua clínica de fertilização. A história do ex-médico é retratada na série Tremembé, do Prime Video, e ganhou notoriedade nacional após sua condenação por estuprar 37 mulheres.
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As agressões ocorreram entre as paredes de sua clínica na Avenida Brasil, em São Paulo, onde também funcionava um centro de pesquisa em reprodução humana. Segundo o Ministério Público, as vítimas foram atacadas enquanto estavam sedadas, sendo algumas delas surpreendidas ao acordar com Abdelmassih em cima delas, durante os abusos.
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As mulheres que procuravam tratamento na clínica investiam tudo o que tinham na esperança de serem mães, tornando ainda mais cruel a violência sofrida. Em 2014, Abdelmassih foi sentenciado a 278 anos de prisão, pena que depois foi reduzida para 181 anos. Desde então, ele tenta obter o direito de cumprir a pena em casa, alegando problemas de saúde.
Em julho de 2024, aos 81 anos, apresentou novo laudo médico que aponta doenças cardíacas graves, como miocardiopatia dilatada e hipertensão pulmonar. O documento relata que ele chegou a sentir dores intensas no peito enquanto dormia na cela. Sua esposa e também advogada, Larissa Maria Sacco Abdelmassih, anexou o laudo ao processo, pedindo que ele pudesse passar os últimos dias de vida em casa.
No entanto, a juíza Sueli Zeraik rejeitou o pedido, afirmando que o estado de saúde do detento é estável e que ele recebe cuidados médicos adequados na prisão. Assim, Abdelmassih continua detido na penitenciária de Tremembé, com previsão de saída apenas em 2047, quando terá 104 anos.
Preso inicialmente em 2009, ele respondeu em liberdade até 2011, quando teve o habeas corpus cassado. Fugiu para o Paraguai com a família, onde ficou até ser capturado em 2014, graças à denúncia da estilista Vana Lopes, uma das primeiras vítimas a denunciá-lo. Após a prisão, foi extraditado e transferido para Tremembé, onde permanece até hoje.
