
Nos últimos dias, circularam nas redes sociais rumores de que o ChatGPT havia passado por uma atualização que limitava sua capacidade de oferecer orientações em áreas delicadas como saúde, finanças e direito. No entanto, Karan Singhal, chefe de Inteligência Artificial em saúde da OpenAI, negou a informação e garantiu que o comportamento do modelo permanece o mesmo.
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Segundo Singhal, o ChatGPT nunca teve como objetivo substituir profissionais qualificados, mas sim ajudar os usuários a entender melhor informações jurídicas e médicas. A publicação dele na rede social X esclareceu que a política da empresa não sofreu alterações recentes.
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A confusão surgiu após a divulgação, em 29 de outubro, de um documento da OpenAI que reforçava diretrizes de uso. O texto proíbe o uso do ChatGPT para fornecer aconselhamento personalizado que exija licença profissional, como consultas médicas ou jurídicas, sem a participação de um especialista habilitado.
Apesar da repercussão, essa regra já fazia parte das políticas da empresa desde janeiro de 2025. A OpenAI apenas reiterou que a ferramenta deve ser usada como apoio informativo, e não como substituto de profissionais capacitados.
Especialistas em saúde no Brasil, como a professora Ana Cristina Albricker do UniBH, alertam para os riscos do uso da IA em diagnósticos médicos. Ela destaca que, embora a tecnologia seja útil, não pode substituir o atendimento humano, especialmente diante da complexidade dos pacientes.
O Brasil é um dos países que mais utilizam o ChatGPT semanalmente, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Esse alto volume de uso levanta preocupações sobre a forma como a ferramenta é empregada, especialmente em contextos delicados.
Um relatório da OpenAI revelou que mais de 1,2 milhão de usuários já discutiram temas relacionados ao suicídio com o ChatGPT. O dado representa cerca de 0,15% dos 800 milhões de usuários semanais da plataforma, o que reforça a importância de manter o uso responsável da IA.

