O que parecia uma dor comum de crescimento acabou se tornando um diagnóstico devastador para uma família em Mayfield, no estado de Kentucky, Estados Unidos. Aos 13 anos, o jovem Dakarai começou a reclamar de dores no ombro, mas a mãe, Ashley Williams, acreditava que era algo passageiro. Meses depois, exames confirmaram que se tratava de osteossarcoma em estágio IV, um tipo de câncer ósseo que já havia se espalhado para os pulmões.
“Quando o médico disse que era câncer em estágio IV e que já tinha se espalhado para os dois pulmões, senti como se o ar tivesse saído do meu corpo. Não conseguia processar. Poucas semanas antes ele estava jogando basquete, e agora estavam me dizendo isso? Eu não sabia o que pensar ou sentir”, contou Ashley ao Newsweek.
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O diagnóstico foi feito no hospital infantil Monroe Carell Jr., em Nashville, Tennessee. O tratamento começou imediatamente com quimioterapia, seguido por uma cirurgia em que os médicos removeram grande parte do tumor, incluindo o osso do úmero, e o substituíram por um enxerto de doador. Em seguida, Dakarai passou por sessões de radioterapia.
Durante o tratamento, a família enfrentou outra perda dolorosa. A madrasta do menino, que o criava desde os dois anos de idade, morreu vítima de câncer. “Enquanto ele fazia radioterapia há três meses, ela perdeu a batalha. Ainda estávamos tentando respirar em meio à nossa própria luta, e então fomos atingidos por essa perda também. Isso abalou todos nós, especialmente Dakarai”, relatou a mãe.
Mesmo após 15 meses de luta, Ashley afirma que a doença continua avançando: “Nada parou o câncer. Nem a quimioterapia, nem a cirurgia, nem a radioterapia. Ele simplesmente continua se espalhando. E, de alguma forma, mesmo assim, Dakarai continua aparecendo todos os dias e lutando com uma força que me comove”.
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A fé, segundo ela, tem sido o alicerce para enfrentar os dias mais difíceis. “Minha fé é a única coisa que me sustentou. Houve noites em que gritei perguntando a Deus por quê. Mas, mesmo em meio à dor e às perguntas sem resposta, nunca soltei a mão de Deus. Ele nos carregou em momentos que achei que não sobreviveríamos. Vi Deus dar forças a Dakarai quando tudo no corpo dele estava desmoronando. A fé não torna mais fácil, mas me dá algo a que me agarrar”, desabafou.
Ashley encontrou nas redes sociais uma forma de aliviar o peso da rotina e compartilhar a trajetória do filho. Em sua conta no TikTok, ela publica vídeos e mensagens sobre o tratamento. “O TikTok virou algo diferente pra mim, uma forma de escapar da realidade em algumas noites no hospital. Passei a assistir histórias parecidas com a de Dakarai e percebi o quanto era curador se conectar com outras pessoas que viviam o mesmo”, disse.
Hoje, ela diz que o que mais deseja é “mais tempo”. “Mais dias bons, mais risadas, mais memórias que não girem em torno de hospitais e remédios. Estou orando por algo, qualquer coisa, que possa parar esse câncer. Mas, mesmo que isso nunca aconteça, peço a Deus paz e força para continuar aparecendo todos os dias pelo meu filho. E espero que a história de Dakarai lembre as pessoas de que, mesmo nos lugares mais escuros, a fé ainda pode viver”, finalizou.
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