
Consumo excessivo de energético pode causar sérios danos à saúde, alertam especialistas. (Foto: Instagram)
Um jovem de 21 anos, sem histórico de doenças e considerado saudável, foi diagnosticado com insuficiência renal aguda após ingerir aproximadamente dois litros de bebida energética diariamente durante um mês. O caso foi descrito em um artigo publicado no dia 21 de outubro no Journal of Medical Case Reports.
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Segundo o estudo, o rapaz — de nacionalidade turca e cuja identidade não foi revelada — procurou atendimento médico após apresentar sintomas como náuseas, vômitos e fadiga intensa. Exames realizados no Hospital Estadual de Bingol, na Turquia, revelaram uma queda abrupta na função renal, levando ao diagnóstico de falência aguda dos rins.
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O paciente relatou aos médicos que consumia grandes quantidades de energético para se manter desperto e melhorar a concentração. Especialistas alertam que o consumo excessivo de substâncias como cafeína, taurina e açúcar pode comprometer o fluxo sanguíneo renal, causar inflamações e danificar as células dos rins.
No caso do jovem, o uso exagerado da bebida resultou em necrose tubular aguda, condição que impede os rins de filtrarem o sangue adequadamente. Os autores do estudo destacam que o aumento no consumo desses produtos tem sido notável nos últimos anos, e que a ingestão em excesso pode trazer sérias consequências à saúde.
Durante a internação, o paciente foi tratado com hidratação intravenosa e monitoramento contínuo, sem necessidade de hemodiálise. Em cerca de duas semanas, ele recebeu alta hospitalar com melhora significativa da função renal.
Dois anos após o episódio, os médicos relataram que os rins do jovem continuavam funcionando normalmente. Eles também ressaltaram que esse não é um caso isolado, pois há registros de outras pessoas que desenvolveram problemas renais e cardíacos devido ao consumo abusivo de energéticos.
O caso serve como um importante alerta sobre os riscos dessas bebidas, muitas vezes vistas como inofensivas. Os médicos recomendam moderação no consumo, hidratação adequada e atenção a sintomas persistentes, como vômitos e fraqueza, para evitar complicações graves.

