Lorenna, uma bebê de quase dois anos diagnosticada com pseudo-hipoaldosteronismo tipo 1 — uma condição extremamente rara que afeta os rins —, recebeu alta hospitalar pela primeira vez em setembro deste ano. Desde o nascimento, em 2023, ela esteve internada em unidades de saúde, inicialmente em Valinhos, no interior de São Paulo, e depois na capital paulista.
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A mãe da criança, Alessandra Oliveira, de 40 anos, relatou que teve uma gestação tranquila e Lorenna nasceu com 37 semanas, fora do período considerado prematuro. No entanto, ainda na maternidade, a bebê apresentou perda de peso acentuada e chorava constantemente, o que levou a equipe médica a investigar mais a fundo.
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Exames revelaram um desequilíbrio grave nos eletrólitos da menina, com baixos níveis de sódio e bicarbonato e potássio elevado. Lorenna foi levada à UTI, onde permaneceu por duas semanas e quase sofreu uma parada cardíaca. Devido à gravidade do caso, ela foi transferida para um hospital especializado em nefrologia em São Paulo no Natal de 2023, permanecendo lá até junho de 2025, quando foi encaminhada ao Hospital da PUC-Campinas.
Durante o período de internação, a bebê foi diagnosticada com a forma mais severa da doença, considerada única no país. A condição não foi identificada durante a gravidez e afeta apenas o metabolismo da criança, sem comprometer as funções motoras, cardíacas ou neurológicas.
O tratamento envolve reposição de bicarbonato e sódio, além de medicamentos para controlar o potássio. Como Lorenna é muito pequena, não consegue ingerir os remédios via oral, sendo necessário o uso de gastrostomia e acesso venoso de longa duração. Ela chegou a passar por hemodiálise e diálise peritoneal em momentos críticos.
A alta hospitalar foi obtida após uma batalha judicial que durou nove meses. Agora em casa, Lorenna está estável e segue com o tratamento domiciliar. Alessandra expressou alívio e gratidão por poder cuidar da filha em um ambiente familiar após tantos desafios enfrentados.

