Marcos Mion voltou aos holofotes após uma enxurrada de críticas por um comentário feito sobre a condenação do humorista Leo Lins. Inicialmente, o apresentador da Globo se manifestou contra o que chamou de “precedente de censura” ao comentar a prisão do comediante, mas a repercussão negativa foi imediata — e intensa.
Após a colunista Carla Bittencourt, do portal LeoDias, destacar a reação do público, Mion usou os comentários da própria publicação para se explicar. Em tom incisivo, ele declarou: “Eu NÃO DEFENDI o conteúdo do Leo Lins, o qual eu abomino!”. O apresentador relembrou ainda que já teve embates públicos com o humorista, especialmente após piadas ofensivas envolvendo seu filho, Romeo, que está no espectro autista.
Mion esclareceu que sua intenção era apenas questionar os limites da liberdade de expressão e não apoiar o tipo de humor praticado por Lins. No entanto, ele confessou estar “extremamente arrependido” por ter se pronunciado sem conhecer o teor completo das piadas que resultaram na condenação do comediante. “Se é crime, é crime. Não tem censura”, concluiu.
Segundo a colunista, Mion teria apagado sua publicação inicial para evitar danos à sua imagem pública. A decisão teria sido motivada por um estudo interno da Globo que apontou resistência do público ao seu programa, o “Caldeirão com Mion”. Termos como “palestrinha”, “forçado” e “emocionado demais” foram usados para descrever a percepção do público sobre o apresentador.
O episódio reacende a polêmica sobre os limites do humor e da liberdade de expressão, especialmente quando envolvem temas sensíveis como o autismo. A relação entre Mion e Lins, que já trabalharam juntos no programa “Legendários”, parece ter chegado a um ponto sem retorno. “Dentro da sua enorme capacidade e genialidade ele optou pelo caminho do humor ofensivo”, lamentou Mion, em um post que posteriormente foi apagado.