A empresária e influenciadora Renata Darzi e o marido, Pedro, decidiram ampliar a família após vivenciarem a maternidade atípica com Maria Luiza, filha diagnosticada com paralisia cerebral. O casal, que sempre desejou ter muitos filhos, adotou três irmãs nordestinas, Maria Valentina, 4 anos, Maria Cecília, 5, e Maria Fernanda, 7 e hoje vive com quatro meninas em casa.
A primeira filha nasceu em meio à pandemia, após uma cesárea de emergência na 27ª semana de gestação. Foram 322 dias de internação em UTI neonatal e uma série de diagnósticos, entre eles a paralisia cerebral. Malu, como é chamada, não fala, não anda e se alimenta por sonda, mas mantém um sorriso constante no rosto, segundo os pais.
“Nunca a comparamos com outras crianças. Mesmo depois de tudo o que passou, hoje, ela ainda consegue sorrir com 4 aninhos. Pedro e eu não encaramos a maternidade atípica como uma tristeza”, disse Renata à Crescer.
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A vontade de adotar surgiu durante esse processo. O casal passou dois anos e meio na fila do Cadastro Nacional de Adoção e estabeleceu um perfil de até dois irmãos com idade de até cinco anos. Mas a história mudou ao conhecerem três meninas em um abrigo no interior do Nordeste, durante uma viagem.
“Quando chegamos lá, nos deparamos com três meninas extremamente carinhosas, com uma energia muito parecida com a da nossa família. Voltamos muito impactados e ficamos com elas na cabeça durante muito tempo”, contou.
Durante o processo de aproximação, o casal viajou para passar fins de semana com as crianças, ainda sem mencionar a possibilidade de adoção. O vínculo se formou aos poucos, e a relação com Malu foi imediata. “No segundo dia, uma delas já foi pegando o paninho para ajudar com o refluxo da Malu. Era caótico, mas o amor foi nascendo aos poucos, e de uma forma inesperada”, afirmou.
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Renata compartilha que a adaptação não foi simples e exigiu mudanças profundas na rotina e nos gastos da casa, especialmente com terapias e educação das meninas, que chegaram com defasagens escolares. A família conta com rede de apoio, incluindo babá, professores particulares e acompanhamento terapêutico.
“Fomos de 1 para 4. A adoção não deve ser baseada só no amor e na vontade. A pessoa que está pronta para adotar é aquela que entende que nunca estará totalmente pronta, mas que estará disposta a aprender”, expressou.
Com o crescimento do perfil nas redes sociais, Renata passou a compartilhar as vivências da família com honestidade, buscando representar realidades diversas e combater preconceitos sobre deficiência e adoção. “Muitas pessoas acham que pais de crianças com deficiência são infelizes e não têm vida e não é assim com a gente. Com a adoção, também quero mostrar que essas crianças não têm caráter ruim, como muitas vezes se diz. Quero quebrar tabus”, declarou.
Ao final, Renata reforça a importância do preparo emocional de quem deseja adotar: “A pergunta não é se você quer adotar, mas como tem se preparado para isso. Aproveite o tempo da fila para estudar, ouvir histórias. O despreparo pode levar a uma devolução e isso pode destruir a vida de uma criança”.
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