O que deveria ser um verão de recomeço transformou-se em luto profundo para a família Brown, no estado do Missouri (EUA). Jerilynn Brown, de apenas 13 anos, morreu tragicamente após um incêndio devastar sua casa na madrugada do 4 de julho, feriado da Independência dos Estados Unidos. A adolescente havia vencido recentemente uma batalha contra o câncer ósseo e estava pronta para retomar a vida ao lado da família.
Jerilynn havia tocado o sino da vitória — um símbolo tradicional que marca o fim do tratamento oncológico — apenas semanas antes do acidente.
“Ela acabou de tocar a campainha e, um mês depois, aqui estamos nós, falando da minha filhinha”, desabafou o pai, Jerry Brown, em entrevista à emissora KMBC.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Independence, o incêndio começou por volta das 5h da manhã, quando brasas de fogos de artifício usados no dia anterior reacenderam no deck dos fundos da casa. Um agravante foi a falha do detector de fumaça, que não alertou a tempo os moradores.
“Ver uma jovem que acabou de vencer o câncer perder a vida assim parte nossos corações”, declarou o chefe dos bombeiros, Jimmy Walker, à Fox 4. Quando a equipe chegou ao local, as chamas já estavam fora de controle, exigindo um “ataque agressivo” para conter o fogo.
Além de Jerilynn, outras três pessoas estavam na casa no momento do incêndio. Duas foram hospitalizadas; uma delas morreu dias depois em decorrência dos ferimentos, segundo a família.
Liz Stephens, que permanece internada, foi identificada em uma campanha do GoFundMe, criada para ajudar nos custos do funeral e na reconstrução do lar.
Jerilynn havia sido diagnosticada com osteossarcoma, um tipo raro de câncer que afeta os ossos longos dos braços e das pernas, em outubro do ano passado, após sentir dores no braço.
“Nunca imaginamos que uma fratura fosse sinal de um tumor”, relatou a família.
Na página de arrecadação, amigos deixaram mensagens emocionadas:
“Jerilynn era uma alma brilhante, corajosa e linda, que havia acabado de vencer uma longa batalha contra o câncer. Perdê-la de forma tão repentina, depois de tudo o que enfrentou, é de partir o coração.”
O caso também reforça o alerta sobre o uso seguro de fogos de artifício, especialmente em ambientes domésticos.
“Podem se passar horas até que as brasas reacendam”, explicou o chefe Walker. “Esses focos podem crescer silenciosamente até se tornarem incontroláveis.”
Em meio à dor, a família busca agora força para reconstruir o que perdeu — e preservar a memória de Jerilynn, uma menina que, apesar da pouca idade, se tornou símbolo de coragem e esperança para todos ao seu redor.