A influenciadora Rafaela Ribeiro, de 24 anos, descobriu um linfoma não Hodgkin agressivo após meses ignorando sintomas como perda de peso, tosse seca persistente, dores abdominais e ínguas. No início de 2024, ela emagreceu 17 kg sem causa aparente, mas só procurou ajuda médica quando passou a ter dificuldades para engolir e surgiram tumores visíveis no pescoço e axilas. Mesmo assim, teve seus sintomas desacreditados por médicos, que atribuíram os sinais a exageros.
A confirmação do diagnóstico veio após uma tomografia e biópsia em maio, revelando um linfoma de grandes células B, que ataca rapidamente as células responsáveis pela produção de anticorpos. Esse tipo de câncer é raro em jovens, mas altamente agressivo. Rafaela iniciou um tratamento com quimioterapia, que passou de seis para 17 sessões devido à resistência dos tumores.
Durante a internação, ela contraiu uma superbactéria (KPC), que causou uma infecção generalizada e a deixou em coma por nove dias. Apesar da gravidade, os tumores começaram a regredir, e ela entrou em remissão. Agora, aguarda acesso à terapia CAR-T, um tratamento celular personalizado que pode evitar o transplante de medula.
Além do impacto físico, Rafaela enfrentou desafios emocionais e familiares. No momento do diagnóstico, cuidava do filho pequeno, da avó com Alzheimer e enfrentava dificuldades financeiras com o marido, que perdeu o emprego para acompanhá-la. O apoio dele foi essencial em sua recuperação.
Hoje, Rafaela usa as redes sociais para alertar sobre os sinais silenciosos do câncer e reforçar a importância de buscar ajuda médica diante de qualquer sintoma persistente. Ela afirma que o diagnóstico a fez repensar sua vida e priorizar a saúde. “A gente não pode ignorar o que sente”, destaca.